terça-feira, 3 de março de 2009

Educação de Jovens


Atualmente torna-se imprescindível discorrer sobre a temática da educação de jovens. Nas instituições educacionais e religiosas, a complexidade do tema se torna ainda maior, visto o agrupamento de jovens de variadas faixas etárias e a dificuldade em coordenar e liderar atividades múltiplas para o grupo atuante. Afinal, o que é ser jovem? Quem pode ser considerado jovem? Como liderar um grupo de jovens?
Entre muitos estudos, teses e estatutos, é propício enfatizar o conceito de juventude. Ser jovem está na moda e todos querem ser jovens. Surgem os adultos de aspecto juvenil, as plásticas e a moda jovem. Ser jovem, segundo o poeta Samuel Ullman, não apenas é uma fase da vida, é um estado de espírito. Porém, para o pesquisador Luiz Antonio Groppo, ser jovem é construir uma identidade e conquistar a individualidade.
Basicamente a juventude é entendida como uma construção histórica e cultural, sendo uma construção transitória. Cada grupo social, econômico e cultural, significa esta fase, destacando diferentes marcas e conceitos. Segundo o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente – Art. 2º - considera-se criança a pessoa até doze anos de idade e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Conseqüentemente, considera-se jovem a pessoa maior de dezoito anos. Porém, a infância, a juventude e a velhice, são categorias imprecisas e com limites confusos. O que pode se afirmar é que o desenvolvimento do ser humano é gradativo, num processo de adaptação e integração contínua na sociedade.
Mas a grande indagação é como liderar jovens e como trabalhar as multifaces juvenis nas instituições. Nas instituições educacionais o diferencial encontra-se nas atividades extracurriculares. Estas caracterizam-se como sendo as disciplinas e projetos que não fazem parte do currículo (Línguas Estrangeiras, Música, Teatro...). Nas instituições religiosas as possibilidades de atuação educacional estão essencialmente na ação do líder. O líder é a pessoa que estabelece os objetivos com motivação transformadora. É importante que o líder no momento em que estabelece estes objetivos, caracterize o grupo com que está trabalhando (faixa etária, comportamento, dificuldades, interesses, necessidades), pois isto determinará as ações educacionais. Os objetivos podem ser de acordo com grupos de interesses ou ministérios (música, missões, teatro...) ou então relacionados às necessidades sociais e espirituais do grupo e da sociedade, tais como: objetivos de integração do grupo (retiros, acampamentos, acantonamento...), objetivos de evangelização (com estratégias diversificadas em diferentes ambientes e locais), objetivos de assistencialismo (projetos em asilos, orfanatos, presídios, hospitais...), objetivos educacionais (EBD, discipulado, e outros que envolvem temáticas relativas ao cotidiano juvenil). A partir de então, definido os objetivos, torna-se necessário criar ações criativas que motivem o jovem a participar, com seus dons e talentos, no crescimento do Reino de Deus.
A educação de jovens nunca é tardia, porque todo tempo é tempo de plantio e colheita. O exemplo de educação e liderança é a pessoa de Jesus Cristo, que com um grupo de jovens mentes, com personalidades e formações diferentes, transformou o mundo através do amor.


Texto de Angela Cristina Hammann

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