terça-feira, 25 de maio de 2010

Afinidade por ela mesma


A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
É o mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade,
qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa,
o afeto no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo para o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe
não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento,
irradia durante e permanece
depois que as pessoas deixaram de estar juntas.

O que você tem dificuldade de expressar a um não afim,
sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido
a respeito dos mesmos fatos que impressionam,
comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com, nem sentir contra,
nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente,
mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado,
não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar
o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar, ou, quando é falar,
jamais explicar: apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas
quanto das impossibilidade vividas.

Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou
sem lamentar o tempo de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser,
cada vez mais a expressão do outro
sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.



Arthur da Távola

Afinidade - Pensando em ti


Mais uma madrugada no meu existir!
Um vento cortante, frio,
No coração um vazio,
Penso em ti!

Abro as janelas da minha vida
Deixo que entre o amanhecer,
Louco, ávido por te ver
Depois de mais uma noite indormida!

Onde estarás? Que fazes neste momento?
Indaga o meu pensamento!
Não sei! Só me resta então imaginar!

Quem és? O que representas para mim?
Uma estrela? Um sol? Algo assim...
Um alvorecer a me esperar!


Walter Pereira Pimentel

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dança depois dos 60




Uma companhia de dança onde só entram maiores de 60 anos vem emocionando o público.

A Company of Elders nasceu há dez anos no teatro de dança Saddler’s Wells, no norte de Londres, a partir de um projeto comunitário.

Formado por membros da comunidade local, o grupo conta com 25 dançarinos com idades de 61 a 85 anos. Para alguns deles, a dança já é uma paixão antiga, já outros descobriram a atividade recentemente por meio do projeto.

Ao longo dos anos, o grupo já trabalhou com coreógrafos renomados como Rosemary Lee e Wayne McGregor e se apresentou em vários países da Europa.

Seu repertório inclui coreografias contemporâneas e algumas inspiradas no passado.

Viagem Fantástica - Velhice

Os Ombros Suportam o Mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos
tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres
batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na
sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes
sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice,
que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a
mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida
é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Carlos Drummond de Andrade

A velhice (Olavo Bilac)

Humor e Velhice

Uma exposição de fotografias recém-inaugurada na Espanha usa o humor para retratar as manias e mitos de mulheres da terceira idade.

A mostra "Senhoras que..." reúne retratos de 20 espanholas com mais de 50 anos que aceitaram posar confessando seus hábitos sociais preferidos, como usar a calcinha favorita na consulta com o ginecologista, batalhar para conseguir algo grátis ou não perderem um programa de fofoca, por exemplo.

A ideia da exposição foi lançada inicialmente no site de relacionamentos Facebook, conquistando centenas de "fãs" e gerando várias sugestões de personagens.

"São histórias de mães, avós, amigas e vizinhas, que têm uma assombrosa capacidade de nos roubar um sorriso ou nos deixar boquiabertos", disse o fotógrafo Héctor Barnabéu, autor dos retratos.

A exposição retrata com humor as manias das mulheres com mais de 50 anos, como a de escolher a calcinha favorita para ir ao ginecologista.



As voluntárias também assumiram que colocam um saco na cabeça para se protegerem da chuva.
Outras mulheres confessaram que não se interessam por política e que costumam votar nos candidatos mais bonitos.

Segundo Barnabeu, essas são "mães e avós com capacidade de nos roubar um sorriso",
como aquelas que fazem qualquer coisa pra conseguir um produto de graça.
Satirizando a mania de se lamentar das doenças e tarefas domésticas com as amigas.

"Testar" dezenas de pães até escolher qual vai levar pra casa, é um dos comportamentos que algumas voluntárias assumiram ter.

Acompanhar programas de fofocas na TV, também é uma atividade favorita das idosas espanholas.

Melhor Idade - o vídeo

Melhor Idade - o guia

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Educação Financeira Infantil - Os quadrinhos


Turma da Mônica vai tratar de um assunto que incomoda muita gente, os gastos desnecessários e a educação financeira. O Gibi de 20 páginas tem distribuição gratuita.

Em: http://www.meujornal.com.br

Educação Financeira Infantil - O site

Educação Financeira Infantil - O guia


Você conversa sobre finanças com seu filho ou deixa que ele acredite que dinheiro cresce em árvores? Cada vez mais cedo, as crianças estão participando da dia-a-dia do consumo das famílias e merecem aprender a lidar com seus recursos.

De uma forma clara e objetiva, a autora responde as principais dúvidas dos pais na hora de tratar de finanças com os filhos. O discernimento de Susanna Stuart em relação a finanças e seu bom senso inteligente auxiliarão a desenvolver habilidades de administração do dinheiro de que as crianças precisam para ser bem-sucedidas na vida.

Educação Financeira Infantil



A partir de que idade você pode começar a ensinar seu filho a lidar com dinheiro? Qual é a hora certa para dar mesada ou semanada? Como ajudar os filhos a lidar com a pressão dos amigos? A escritora americana Susanna Stuart - autora do livro "Ensine Seu Filho a Cuidar do Dinheiro" (Gente) destaca algumas atividades para crianças de 3 a 8 anos a respeito de Educação Financeira:

3/4 anos: pouco interesse pelas questões relacionadas ao dinheiro. Gostam de moedas e suas cores. As brincadeiras podem girar em torno de classificação por tamanho e cor;


5 anos: distinguem moedas e começa a associar dinheiro e compra. Vive o aqui e agora. Lições simples como brincar de lojinha ou ter um cofrinho são bem vindas;


6 anos: distingue moedas e reconhece valor maior e menor. O dinheiro ainda é algo imediato, ele compra coisas. Não tem muita noção de poupar e esse hábito pode ser introduzido juntamente com a primeira mesada;

7 anos: quer ganhar o próprio dinheiro, faz pequenas compras. Momento para ter uma caderneta de poupança. Incentivos em procurar itens no supermercado são bem vindos nessa fase;

8 anos: algumas demonstram grande interesse pelo dinheiro, querem saber preço de tudo e conseguem guardar a mesada para compra algum item de maior valor. Idade ideal para discutir sobre os desejos a serem realizados a partir do hábito de poupar.