sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Didática das horas


22h12


Estava no meu escritório, na frente do meu laptop, dando uns últimos retoques numa pregação em Daniel que ia fazer dois dias depois, domingo, na minha igreja, quando alguém bateu na porta.

- Quem é?

Logo gritei, mas nada de entrar. Então gritei mais uma ou duas vezes e levantei pensando quem estaria na porta aqui em casa as 22h12 da noite.

Quando abri a porta, assustado, falei:

- Nossa você aqui? Já?!

Ele respondeu levantando uma das sobrancelhas:

- Esta reação não muda mesmo, todo mundo leva um susto quando me vê. To pra ver alguém que fale simplesmente um Oi!

Eu olhava para ele com muito espanto e preocupação, acho que a descarga de adrenalina tinha me paralisado. Certa vez vi na Discovery que isso pode acontecer.

- É Marcos, chegou a hora!

Ele disse olhando para o relógio e se virando como se estivesse com muita pressa.

- Pera, pera ai! Calma, entra um pouco.

Falei para ele de sopetão, pois estava de chinelo e já com a roupa de dormir.

- Marcos eu não tenho muito tempo, do que você precisa para ir?

- To muito surpreso, é que eu não estava te esperando agora.

E ele respondeu:

- E quem está? Disse ele.

- Não, não é isso. Entra aqui na cozinha rapidinho vou pegar um copo d’agua para o senhor.

Ele falou que não precisava, mas fui pegar assim mesmo, pois precisava ganhar tempo para pensar e, também, a esta altura minha boca estava totalmente seca. Quando me viro, sinto-me aliviado, pois ele tinha sentado a mesa da cozinha.

- Marcos, por que você está me enrolando?

- Mestre eu sei que eu deveria estar muito contente, te abraçar. Mas é que...

- É que você não acreditava que isso realmente podia acontecer! Ele me interrompeu.

- Não é bem assim. É que.

Com uma respirada parei a frase no meio e pensei, a quem estou querendo enganar, a ele? E sem pensar faço a pergunta mais estúpida da minha vida, como uma correção:

- Mas você não deveria vir nas nuvens para todos verem?

Foi quando ele deu uma risada que lembrou a do meu pai, chegou até a inclinar a cabeça para trás.

- Ah meu filho, vocês tem a mania de interpretar as figuras de linguagem de forma literal e as literais de forma figurada.

E deu outra risada bem alta. Eu também ri com ele, meio sem graça por não entender bem a piada, mas também ri. Sempre dou risada quando vejo alguém rindo, mesmo quando não entendo!

Depois de alguns segundos ele bate as duas mãos na mesa, se levanta e fala:

- Bom, já que você tomou o copo d’água que era pra mim, acho que podemos ir.

- Você não quer que eu chame os outros? Quem está indo também?

- Marcos os que tem ser chamados agora só eu posso chamar, sozinho com cada um. As pessoas que você deveria chamar, deveria ter sido antes das 22h12. Mas não se preocupe, você vai ficar muito feliz com quem vai encontrar lá.

Já estávamos saindo e por força do hábito peguei a chave de casa que fica pendurada em uma casinha na parede em cima do filtro.

- Pode deixar a chave Marcos, a partir de agora você não mora mais aqui.

- Desculpa mestre, ainda não to acreditando no que esta acontecendo.

E ele me disse com uma risadinha no canto da boca:

- Não se preocupe, você vai ter uma eternidade para cair a ficha!


Marcos Botelho


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Didática na Educação Infantil

Projeto DESTAQUE na Feira Regional de Matemática - 2009
Próxima etapa: Feira Estadual - Rio do Sul

Categoria: Educação Infantil
Modalidade: Materiais e/ou Jogos Didáticos
Expositores: Alunos Ed. Infantil

Professor Orientador: Angela Cristina Hammann

A MATEMÁTICA DO PATINHO FEIO

O conhecimento matemático parte de situações-problema ligados ao cotidiano infantil. Com base nesta perspectiva, vivenciou-se o referido projeto na turma da Educação Infantil (4 – 6 anos), objetivando desenvolver habilidades de resolução de problemas a partir da interpretação da história do Patinho Feio. A metodologia utilizada, para a construção do conhecimento matemático, foi de identificação das características dos personagens da história (pato e cisne), através da contação de histórias, pesquisa e registro lúdico. Para tanto desenvolveu-se atividades de classificação de sucata para a construção de fantoches, fantasias e máscaras, como também a construção de jogos de associação, como por exemplo: “Memória dos Patos”, “Quebra-cisne gigante” e “Dominó do Pato Bonito”; e jogos de contagem: “Pega Cisne”, “Patinhos na lagoa” e “Bingo Família dos Patos”. Também realizou-se registros de atividades com as músicas “Todos os cisnes sabem nadar” e “10 patinhos foram passear”. Construiu-se ainda pesquisas (semelhanças/diferença, tamanho, cor, peso) sobre ovos, com construção dos jogos: “A pata do vizinho” e “Cisne guloso”. A utilização de gráficos foi de grande valia, visto que desenvolveu comparações e identificações relacionados com o conhecimento matemático e a história do Patinho Feio. O uso de sucata nos jogos e nas atividades serviu para desenvolvimento de conceitos matemáticos (conceito de número e quantidade de 1 a 10, operações fundamentais (soma), identificação de cores e formas geométricas, localização espacial, semelhanças e diferenças), visto que a curiosidade e o interesse das crianças demonstrou-se através das diferentes formas de registro de comunicação de suas observações, hipóteses e conclusões. O projeto estendeu-se com a participação dos pais, através de pesquisa para o livro de “Receitas com Ovos de Pata” e visitas a um aviário, onde as crianças puderam observar como vivem os patos. A participação e o entusiasmo das crianças desenvolveu uma postura de investigação matemática de uma forma prazerosa, percebendo-se nitidamente que o interesse pela interpretação dos fenômenos naturais e a necessidade de resolver problemas inicia-se através do lúdico. Concluímos que o estudo da matemática na história do Patinho Feio, trouxe-nos a compreensão de informações práticas de resolução de problemas do nosso dia a dia, como também conscientização ambiental e social.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dia do professor


AO MESTRE

Para aquele que ensina,
votos de aprendizados significativos.

Para aquele que educa
a certeza de que no ato de educar,
não apenas ensina, mas também aprende
ao ensinar.

Para aquele que ministra,
celebrações de paz e de afeto.

Para aquele que semeia, a benção divina
de ver das sementes, o fruto surgir.

Para aquele que aponta o caminho,
a alegria deste, daquele, de muitos,...
que na caminhada puderam seguir.

Para aquele que ensina, educa, ministra, semeia, aponta...
palavras de vida... do Mestre dos mestres,
que viveu de tal modo que eternizou educação.


Angela Cristina Hammann

Didática de uma Professora muito maluquinha

Ziraldo. Uma professora muito maluquinha. SP, Melhoramentos, 1995.
"Era uma vez uma professora maluquinha...
Na nossa imaginação ela entrava voando pela sala
(como um anjo)
e tinha estrelas no lugar do olhar.
Tinha voz e jeito de sereia
e vento o tempo todo nos cabelos (na nossa imaginação).
Seu riso era solto como um passarinho.
Ela era uma professora inimaginável.
Para os meninos ela era uma artista de cinema.
Para as meninas, a Fada Madrinha."

A leitura reflexiva e metafórica, remete a figura do professor, da metodologia e de sua função enquanto educador. Excelente livro.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Didática em ação

Curso de Capacitação Infantil

No sábado do dia 19 de Setembro, aconteceu no templo Central da Assembléia de Deus de Blumenau, o 2º Curso de Capacitação de 2009.
Iniciou-se 8:30 e terminou ás 17h. Tivemos o total de 120 pessoas participando.
Foi convidada para palestrar no curso a professora Ângela Cristina Hammann, que é Psicopedagoga e veio da cidade de Rio do Sul-SC.
Os temas abordados foram: Pedagogia de Jesus e Preparação de Histórias Bíblicas
Alguns recursos para contar histórias:
· Histórias em pano
· História objetiva
· Narração com efeitos especiais
· Narração interativa
· Maquete
· Fantoches
· Teatro de sombras
· Dobradura
· Avental
· Dedoches
Nossa palestrante trouxe muito material diferente e idéias novas visando atingir o coração de nossos pequeninos. O curso foi uma benção, na parte da manhã foi mais o ensinamento e na parte da tarde tivemos uma oficina onde os participantes tiveram que usar sua criatividade, cada grupo teve que montar personagens com materiais recicláveis para contar uma história. Foi muito divertido, teve muitas idéais legais. A cada um que participou o nosso muito obrigado, que vocês venham colocar em prática tudo o que vocês aprenderam. Assim suas crianças com certeza jamais vão esquecer as coisas de Deus que vocês ensinaram para elas.
“Se quiser colher em curto prazo, plante cereais; a longo prazo, plante árvores frutíferas; mas se quiser colher para sempre invista no Ministério Infantil.”

Por Aline dos Santos da Rosa